Desculpem, mas, o que mais faço enquanto professora é me reinventar, e isso não é algo novo, estamos sempre nos reinventando...
Sempre pesquisando novas metodologias para trazer vida a velhos assuntos que passam a ser novos...Buscando nos aprimorar com o que temos em mãos e de forma gratuita (preferencialmente), dificilmente contamos com verba para estudar...Os recursos também são os nossos...
Afinal como vocês acham que prendemos atenção de 18 ou 20 crianças sedentas por mais, ávidas por novos conhecimentos...Vocês não acham que elas ficam sentadas esperando...Não gente, elas estão em pé, em roda, quietas, provocando os amigos, pedindo água, querendo ir ao banheiro, querendo colo...Ufa!!! Cada criança é única, precisa de afeto, carinho e atenção, mas, são 18 ou 20 crianças ao mesmo tempo querendo tudo isso e mais um pouco e o professor é único, as vezes, conta com um auxiliar que também espera receber atenção desse professor...Então meus queridos temos que nos reinventar diariamente...
Gente em nenhum momento me arrependo, pelo contrário, tenho muito orgulho!!! A recompensa não é algo físico, o que ganho não supre nem a escola da minha filha, mas, ver aqueles olhinhos brilhando, sentir aqueles abraços tão sinceros, ouvir o "eu te amo prô", "você é linda", "prô olha a letra do meu nome" (pausa para respirar, saudades), não tem preço e recompensa todos os esforços, toda falta de incentivo, e piadinhas que tenho ouvido pelas redes sociais...
Nesse momento o trabalho tem sido triplicado, pois, estamos longe, gravando aula e não é fácil...A casa toda em silêncio, aviso que vou gravar a aula. Começo a gravar...O cachorro da vizinha começa a latir, passa o carro do ovo, do pão, do óleo, do produto de limpeza...Paro, espero o silêncio...Tudo calmo, volta a gravar... A moto passa, alguém resolve soltar um fdp na rua, paro o vídeo, será que deu para ouvir... Lógico que sim, apago a gravação, começo de novo...A manhã já se foi, agora não dá mais tempo de gravar...Desço faço almoço, arrumo a cozinha, volta a gravar...
O vídeo fica pronto! Ou a aula??? Manda para os pais...Pede foto, pede vídeo...
Cadê o "prô" meu lápis sumiu, "prô eu consegui", "prô vamos fazer de novo"...
Nada...As vezes nem retorno temos, mas, não culpo os pais...Todos estamos vivendo dias atípicos, estamos sobrecarregados e estamos nos sobrecarregando...
Então, é isso...
Alê, a sua profissão é uma das mais lindas!! Parabéns pela dedicação e por conseguir se renovar a cada dia. E, com certeza, o retorno financeiro não é justo, têm muitos obstáculos, mas esse ganho emocional faz tudo valer a pena, né? ♥ E com certeza a gente está vivendo um tempo bem atípico e renovar é preciso mais do que nunca! Enfim, amei o post, a mensagem dele e, claro, as ilustrações. :)
ResponderExcluirBeijos, Carol
www.pequenajornalista.com
OI Alê, nos reinventamos sempre. Esse novo universo nos obrigou a reinventar o que já reinventávamos. Imagino o quanto os professores estão "ralando". Aqui em home office parece que é só eu entrar em reunião para o cachorro da frente começar a latir, o vizinho de cima começar a obra e o do lado ligar o liquidificador. Pensando bem, eu mesma não tenho dado retorno aos professores da minha filha. Mas ela é maior e faz a parte dela sem contar muito comigo. Mas parece que esse home office coletivo em casa, na verdade, deixou cada um mais concentrado no seu. Esquisito.
ResponderExcluirBeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook / Pinterest
Tem um tempo que ando flertando com a ideia de fazer outra faculdade e me dedicar a dar aulas. Fiz direito, não apreciei. Comecei a fazer técnico de música, amo, mas não levo tanto jeito quanto gostaria. Prestei concurso e sou inspetora de alunos, por vezes uma professora precisa sair e, sem substituta para cobrir uma horinha de aula, lá vai a inspetora ficar na sala. E ajudar com a lição. E contar história... Impossível trabalhar com crianças e não ter duas vontades: Ser mãe e ser professora. Acho que a segunda está mais ao meu alcance que a primeira - A única dúvida que me assombra: Pedagogia ou letras?
ResponderExcluirAbraços
Durante um rápido momento da minha vida, tive uma experiência como professora da rede pública para adolescentes. Se por um lado eu saí traumatizada por outro saí ainda mais admirada com o trabalho dos professores. Não que antes não admirasse, mas viver na pele a experiência me fez percebem que só com muito amor e muita força para exercer essa profissão. E imagino realmente que, como essa situação atípica em que vivemos, deve estar sendo muito difícil lidar com essa nova forma de ensino.
ResponderExcluirOi Ale! Eu também escuto essa frase com mais frequência do que gostaria, algumas pessoas falam ela com tanta naturalidade que até me assusta. Não tenho filhos apenas sobrinhos e estou percebendo a dificuldade que a minha irmã e outros pais estão tendo com as aulas on-line, porque não são aulas só para as crianças, os pais precisam estar presente o tempo todo.
ResponderExcluirEu pensei muito, minha cara na realidade dos professores nesse momento e dos alunos também. Não deve ser fácil para nenhum dos lados. Mas, confesso que tenho me divertido um bocado com os pais a reclamar da dificuldade que é ter os filhos a casa e ter que fazer a vez do professor. Quem sabe agora começam (finalmente) a valorizar essa profissão que, para mim, é a mais importante de todas.
ResponderExcluirbacio cara mia
Afff, nem me fale! Também sou da área educacional. Atualmente não estou em sala de aula, mas estou gestora de uma creche municipal por quase oito anos. E aqui em minha cidade também estamos muito envolvidos nesse processo todo que você menciona muito bem, por sinal! (rsrs) Reinventar-se na educação e providencial! E, em tempos de quarentena, não teve como fugir. E dale redes sociais! Hahaha! Bjs
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